Cientistas criaram robô com características do peixe-zebra.
Barulho do motor da máquina atrai cardume.
Um teste feito com um peixe-robô mostrou que a máquina pode interagir com peixes reais e até mesmo ajudar na preservação deles. O estudo experimental do Instituto Politécnico da Universidade de Nova York e do Instituto Superior de Sanitá, na Itália, foi publicado nesta sexta-feira (8) na revista científica “Bioinspirations and Biomimetics”.
O robô criado pelos pesquisadores teve como base o peixe-zebra (Danio rerio). A ele foi dado um formato arredondado para imitar uma fêmea fértil, que costuma atrair tanto machos quanto fêmeas da espécie por ter um padrão mais colorido: uma larga faixa e o pigmento amarelo mais forte.
Com 15 centímetros de comprimento e listras azuis, a cauda do peixe-robô era controlada pelos pesquisadores para imitar os movimentos do peixe real. Ao ser colocado em um tanque de água, o peixe-robô atraiu de cara o cardume do peixe-zebra.
Mas para testar a reação dos peixes no convívio com o robô, a equipe dividiu o tanque em três partes e analisou a interação entre a máquina e o cardume.
Depois de 16 tentativas, o peixe-zebra original mostrou preferir se interar com seus iguais. No entanto, quando tinham a escolha de passar mais tempo próximo ao robô em um mesmo compartimento do tanque, ali ficavam. Em um primeiro momento, o barulho do motor do robô mostrou diminuir a atração. Mas sua batida na tela também foi um atrativo para os peixes que estavam em outros compartimentos.
Segundo Maurizio Porfiri, um dos autores do estudo, a descoberta sugere evidências práticas de que a preferência dos peixes pode servir de inspiração para a criação de outros robôs que se tornariam vigilantes e ajudariam a manter espécies.
“Novos estudos estão em andamento para investigar mais sobre as interações entre os peixes e peixes robóticos e para vermos quando eles estarão livres para nadar juntos sob condições ecologicamente controladas”, disse Porfiri.
Fontes: Globo Natureza, em São Paulo http://g1.globo.com/
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