quarta-feira, 27 de junho de 2012

Os músicos de asas do cerrado


 














Quando se tem em mente uma orquestra sinfônica, há de se imaginar uma intercalação de sons, perfeitamente combinados, emitidos por instrumentos musicais operados por pessoas. Porém, existem músicos que por si só emitem sons de forma harmoniosa e em perfeita sincronia, sem necessidade de instrumentos musicais nem de qualquer outro tipo de aparato musical, eles são verdadeiros mestres no que fazem.

Imagine agora que os músicos desta orquestra tenham asas e cores tão belas quanto o som que emitem, e que seus instrumentos possam ser suas próprias cordas vocais. Neste diapasão entra o sabiá-larangeira com seu afinado canto soprano, que dá suporte ao solista corrupião (concriz, sofrê), pra iniciar seu solo com o acompanhamento dos galos-de-campina e da dupla de vocais composta por casacas-de-couro. Fazendo o segundo soprano, os canários iniciam seu canto com uma base melódica e alternada de afinadíssimos pardais. Por fim, o bem-te-vi solta seu agudo canto pra fechar com chave de ouro esta magnífica orquestra dos músicos de asas do cerrado.

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