quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Programa de conservação tenta preservar o gavião-real no Amazonas


O gavião-real é uma ave de rapina nativa do sul do México, mas que também habita boa parte do nosso território, principalmente na parte norte do país. Nas últimas décadas esta espécie quase desapareceu do Brasil, sendo que no estado do Paraná já é considerada por muitos extinta. O desmatamento em larga escala é uma das causas da crescente diminuição da espécie, já que a mesma necessita de uma vasta área florestal para conseguir se reproduzir e caçar. Outra causa que leva a extinção da espécie, talvez a mais crucial de todas, é a falta de presas naturais, tais como, preguiças, macacos e ratos, devido à caça e matança desordenada, ação dos seres humanos. O gavião-real é hoje considerado uma espécie “quase ameaçada” de extinção, e só já não foi extinto no Brasil ainda graças ao Projeto Gavião-real que faz parte do Programa de Conservação do Gavião-real (PCGR). Tudo começou em 1997, com a descoberta de um ninho em uma reserva florestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus. E o trabalho desenvolvido por esta instituição é justamente neste viés, isto é, preservar e conservar os ninhos da espécie, bem como as áreas florestais ao seu entorno, garantindo com isso a reprodução e o ambiente de caça da espécie. Hoje, nas florestas da Amazônia, local onde o PCGR atua com mais frequência, já é contabilizado 85 ninhos mapeados e monitorados, segundo a bióloga Helena Aguiar, gerente do PCGR no país. Esta ave, por está localizada no topo da cadeia alimentar, não possui predadores naturais, o que torna evidente que o ser humano é quem contribui para a redução da espécie. O desmatamento não só prejudica nosso querido gavião-real como também outros animais que estão ameaçados de extinção como, por exemplo, nossa onça preta ou pantera negra. O Projeto Gavião-real e o PCGR contribuem juntos com o desenvolvimento e conservação da biodiversidade na região amazônica, em especial do nosso belo gavião-real.


Fonte: Do G1, AM

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